Abrindo as cortinas azuis do verão lírico do Recife
Edifica-se o Prefeito vermelho
com suas palavras lógicas de lavanda
A cozinheira Maria José
alimenta o povo de Boa Viagem
com feijão e arroz de grinalda
O livreiro Walfredo
embriaga cervejas e cortesãs
por ter vendido todos os versos
do Bandeira e do Cabral
O músico Paulo Diniz
é brilhatemente dos índios e dos negros
no marco do meio-dia
O soneto de Jaci Bezerra
é inaugurado e imortalizado com acácia
O poeta Juareiz Correya
bebe vinho louvando o sexo da sua musa América
Comemora-se a luz de Cìntya Jíminni
com seu amor espiritual
alimentando a vida com namorados da poesia
No centro da cidade
e além da vida dos namorados AMOR e POESIA
o velho mestre obra a sua arte
(sem festa e sem público)
cravado na sua testa armorial
há o maior nome da existência:
DEUS
Isso é o que pode se chamar de um fio de Terra com a Poesia!
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