Abraça-me
para que se eu perder a minha estrela
sejas tu o pastor
para que se as minhas raízes mergulharem fundo
encontrem o teu abismo
para que se eu desperdiçar a minha vida
de ti consigo vidas e países.
Joumana Hadad nasceu em Beirute, no Líbano, no dia 6 de dezembro de 1970.
É poetisa, tradutora e jornalista.
Tem 5 livros de poesia publicados.
O tempo de um sonho(1995), Duas mãos verso o abismo(2000),
Convite para um jantar secreto(1998), não pequei o bastante(2004)
e O regresso de Lilith(2004).
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
AMOR CASEIRO
Nêga, modelas teu sentimento
deixas teu rosal e teu poema para a nova estação
assimilas o segredo do vinho
esmeras a Amazônia com teu olho verde
e trocas tua carreira de modelo pelo suor nordestino
Nêga, se voltares a ser as letras da minha estrela
na festa dos signos
iluminarei a noite dos amantes
e comerei e beberei os sonetos da tua lua
Após o mais que perfeito
iremos à roça
eu ressuscitarei a minha empregada Ana Alegria
e tu ressuscitarás o teu servente João-do-bem
deixas teu rosal e teu poema para a nova estação
assimilas o segredo do vinho
esmeras a Amazônia com teu olho verde
e trocas tua carreira de modelo pelo suor nordestino
Nêga, se voltares a ser as letras da minha estrela
na festa dos signos
iluminarei a noite dos amantes
e comerei e beberei os sonetos da tua lua
Após o mais que perfeito
iremos à roça
eu ressuscitarei a minha empregada Ana Alegria
e tu ressuscitarás o teu servente João-do-bem
CONCERTO DE DEZEMBRO
Abrindo as cortinas azuis do verão lírico do Recife
Edifica-se o Prefeito vermelho
com suas palavras lógicas de lavanda
A cozinheira Maria José
alimenta o povo de Boa Viagem
com feijão e arroz de grinalda
O livreiro Walfredo
embriaga cervejas e cortesãs
por ter vendido todos os versos
do Bandeira e do Cabral
O músico Paulo Diniz
é brilhatemente dos índios e dos negros
no marco do meio-dia
O soneto de Jaci Bezerra
é inaugurado e imortalizado com acácia
O poeta Juareiz Correya
bebe vinho louvando o sexo da sua musa América
Comemora-se a luz de Cìntya Jíminni
com seu amor espiritual
alimentando a vida com namorados da poesia
No centro da cidade
e além da vida dos namorados AMOR e POESIA
o velho mestre obra a sua arte
(sem festa e sem público)
cravado na sua testa armorial
há o maior nome da existência:
DEUS
Edifica-se o Prefeito vermelho
com suas palavras lógicas de lavanda
A cozinheira Maria José
alimenta o povo de Boa Viagem
com feijão e arroz de grinalda
O livreiro Walfredo
embriaga cervejas e cortesãs
por ter vendido todos os versos
do Bandeira e do Cabral
O músico Paulo Diniz
é brilhatemente dos índios e dos negros
no marco do meio-dia
O soneto de Jaci Bezerra
é inaugurado e imortalizado com acácia
O poeta Juareiz Correya
bebe vinho louvando o sexo da sua musa América
Comemora-se a luz de Cìntya Jíminni
com seu amor espiritual
alimentando a vida com namorados da poesia
No centro da cidade
e além da vida dos namorados AMOR e POESIA
o velho mestre obra a sua arte
(sem festa e sem público)
cravado na sua testa armorial
há o maior nome da existência:
DEUS
Assinar:
Postagens (Atom)